Detalhes do Projeto - 3º Ano

Aprofunde-se no nosso projeto de bioindicadores em Suape.

Introdução

O Porto de Suape, localizado no litoral sul de Pernambuco, configura-se como um dos mais relevantes complexos industriais e logísticos do Brasil, exercendo significativa pressão sobre os ecossistemas marinhos e estuarinos adjacentes. (Cavalcanti et al.,2020). Tais impactos incluem o aumento da turbidez, alterações na salinidade, contaminação por metais pesados e nutrientes, e a degradação de habitats sensíveis, como manguezais e recifes de corais (Silva et al., 2018). Nesse contexto, o uso de bioindicadores, como organismos bentônicos, fitoplâncton e macroalgas, revela-se uma estratégia eficaz para o monitoramento ambiental, uma vez que esses organismos respondem rapidamente às mudanças físico-químicas da água e acumulam contaminantes em seus tecidos (Rosa et al., 2019; Fonseca & Netto, 2015). Este trabalho tem como objetivo investigar a qualidade da água na zona de influência do Porto de Suape por meio da análise de bioindicadores, discutindo os principais efeitos das atividades portuárias sobre a biodiversidade e a funcionalidade ecológica, com vistas à melhoria das estratégias de monitoramento e conservação ambiental.

Objetivos

Gerais

Investigar a qualidade da água na zona de influência do Porto de Suape por meio da análise de bioindicadores.

Específicos

  • Identificar os principais grupos de bioindicadores presentes nas áreas de estudo.
  • Analisar os impactos das atividades portuárias sobre a biodiversidade e a funcionalidade dos ecossistemas.

Metodologia

A presente pesquisa tem uma abordagem metodológica descritiva e exploratória, integrando análises qualitativa e quantitativa para avaliar a qualidade da água em áreas de influência do Porto de Suape, utilizando a presença e as características de bioindicadores microscópicos como parâmetro para a saúde dos ecossistemas costeiros. Foram selecionados estrategicamente três pontos de amostragem representativos e acessíveis dentro da área de estudo. A identificação dos principais grupos de bioindicadores se concentrará em organismos microscópicos. A coleta de amostras foi realizada em horários distintos ao longo do período disponível, incluindo a coleta de água em recipientes adequados e a busca ativa. Paralelamente, foram realizadas medições de parâmetros físico-químicos simples da água nos pontos de amostragem utilizando instrumentos de baixo custo, fitas de pH e, se viável, kits de teste de salinidade, além da avaliação qualitativa da turbidez. O registro fotográfico das áreas, juntamente com descrições detalhadas das características ambientais de cada ponto, complementam a coleta de dados. Os dados físico-químicos serão tabulados e comparados, buscando correlações visuais com os dados biológicos. As descrições das áreas e as fotografias fornecerão o contexto para a interpretação dos resultados quantitativos.

Diagrama de metodologia do projeto de bioindicadores para o 3º ano, ilustrando as etapas da pesquisa.

Resultados

Mapa com três pontos de coleta de água analisada: Ponto A no Porto, Ponto B no Mangue e Ponto C na Praia.

Ilustração 1 – Pontos de coleta de água analisada. Fonte: Autoral.

Foto da equipe de pesquisa realizando a coleta de água no ponto C, localizado em uma área de praia.

Imagem 1 – Coleta no ponto C para análise. Fonte: Autoral.

Representação microscópica da microalga Gyrosigma acuminatum.

Imagem 2 – Representação de microalga Gyrosigma acuminatum. Fonte: Salete Limberger (2011).

Quadro comparativo com a classificação de bioindicadores utilizados no projeto, listando categorias e exemplos.

Quadro 1 – Classificação dos bioindicadores. Fonte: Rodrigues (2011).

Considerações Finais

Com base no uso de bioindicadores para avaliar a saúde dos ecossistemas costeiros do Porto de Suape, revelam-se que esses organismos são ferramentas eficazes para diagnosticar o impacto humano. O estudo confirmou que a qualidade da água e a estrutura biológica estão diretamente afetadas pelas atividades portuárias. Os resultados ressaltam a necessidade de um monitoramento ambiental contínuo para mitigar a degradação e proteger a biodiversidade local, o que demonstra a importância de uma abordagem ecossistêmica na gestão da região.

Pesquisadores do Terceiro Ano

Foto do pesquisador Arthur Lemos.

Arthur Lemos

ANALISTA DE DADOS

Especialista na coleta, organização e análise dos dados brutos. Transformou números complexos em informações visuais e compreensíveis para os gráficos.

Foto da pesquisadora Marília Laura.

Marília Laura

COORDENADORA DE PESQUISA

Responsável por planejar e supervisionar todas as etapas da pesquisa, garantindo a coesão e o rigor metodológico do trabalho.

Foto da pesquisadora Lyvia Beatriz.

Lyvia Beatriz

EDITORA

Trabalhou na revisão e edição final de todos os textos, assegurando a qualidade e a padronização do conteúdo escrito.

Foto da pesquisadora Taísa Paiva.

Taísa Paiva

APRESENTADORA

Voz e rosto do projeto, responsável por apresentar a pesquisa, sintetizando os resultados de forma clara e objetiva para o público e a banca examinadora.

Foto da pesquisadora Maria Letícia.

Maria Letícia

REDATORA CIENTÍFICA

Responsável por redigir os textos do projeto, garantindo clareza, coesão e a precisão das informações em todas as publicações.

Foto da pesquisadora Maria Eduarda.

Maria Eduarda

DIRETORA DAS REDES SOCIAIS

Responsável por gravar, dirigir, editora e fotógrafa do projeto, garantindo beleza em cada material, coesão e a precisão de cada material em todas as publicações feita nas redes sociais.

Foto do pesquisador Pedro Martins.

Pedro Martins

DESIGNER E DESENVOLVEDOR

Criador da interface e da experiência de usuário do site. Deu vida ao projeto, transformando a pesquisa em uma plataforma digital acessível e intuitiva.

Foto do orientador Vanbasten Rocha.

Vanbasten Rocha

ORIENTADOR

Professor de biologia e orientador de todos os projetos de pesquisa da equipe, garantindo a excelência acadêmica e a metodologia rigorosa.

Referências Bibliográficas

  • BARBIERE, Flávio César. Os macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores para avaliar a qualidade ambiental da água. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em …) – Centro Universitário Internacional UNINTER, [cidade], 2021. Disponível em: https://repositorio.uninter.com/bitstream/handle/1/1165/TCC%20FLÁVIO%20CÉSAR%20BARBIERE.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 21 ago. 2025. Às 22:00
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  • CENTRO DE BIODIVERSIDADE SUBTROPICAL (FURG). Zooplâncton e Ictioplâncton Marinho. [S. l.], [20–]. Disponível em: https://cbs.furg.br/zooplancton-e-ictioplancton-marinho. Acesso em: 21 ago. 2025. às 22:50 PM.
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  • LIMBERGER, Salete. Microalgas perifíticas como bioindicadores ambientais na foz do rio Ocoy – tributário do lago de Itaipu – PR. 2011. Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnologia em Tratamento de Resíduos Industriais) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Medianeira, Medianeira, 2011. Disponível em: https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/13581/2/MD_COGEA_2011_2_12.pdf. Acesso em: 21 ago. 2025. Às 22:00.
  • MIRANDA, R. C. M. et al. Leveduras isoladas de áreas portuárias como potenciais biorremediadores de óleo diesel. Brazilian Journal of Microbiology, v. 38, p. 517-523, 2007.
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  • OLIVEIRA, R. C. Foraminíferos bentônicos como indicadores de qualidade ambiental no Complexo Industrial Portuário de Suape (PE). Dissertação (Mestrado em Oceanografia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.
  • OLIVEIRA, R. C. et al. Estrutura das associações de foraminíferos bentônicos no canal dragado do rio Tatuoca (Complexo Industrial Portuário de Suape, PE). Revista de Biologia e Ciências da Terra, v. 19, n. 2, p. 1-12, 2019.
  • ROSENBERG, D. M.; RESH, V. H. (Ed.). Freshwater biomonitoring and benthic macroinvertebrates. New York: Chapman & Hall, 1993.
  • SILVEIRA, F. L. et al. Metais pesados em sedimentos de manguezais da área de influência do Porto de Suape, Pernambuco. Química Nova, v. 36, n. 3, p. 357-364, 2013.

Recife de Coral

Aqui está uma imagem que representa a biologia marinha de Suape.

Foto de um recife de coral.
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